Abolição da Escravidão Em maio de 1888, o imperador D. Pedro II se encontrava em viagem pela Europa e sua filha, a princesa Isabel, respondia como regente do Império.
Nesse momento, a pressão popular para a abolição atingiu seu auge, e os políticos abolicionistas conseguiram concentrar cada vez mais adeptos no Parlamento. Assim , em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi aprovada pelos deputados brasileiros e assinada pela princesa Isabel. Essa lei declarava extinta a escravidão em todo o Brasil e foi recebida com festas pelos ex-escravos e pelos abolicionistas em todas as regiões do Império.
A Participação Popular Apesar de a escravidão no Brasil ter sido abolida oficialmente com a assinatura da Lei Áurea, a participação da população e das organizações abolicionistas foram fundamentais nessa decisão.
As revoltas de escravos nas fazendas causavam medo e receio nos fazendeiros que, por sua vez, começaram a pensar alternativas para a substituição da mão de obra. Em várias cidades do Brasil, manifestações e comícios eram promovidos pelas associações e clubes abolicionistas, estimulando milhares de pessoas a sair às ruas para protestar e lutar contra a escravidão no país. Poetas, advogados, políticos e intelectuais divulgavam publicamente as suas idéias.
De acordo com alguns historiadores, o Movimento Abolicionista foi um dos que uniram o maior número de brasileiros em torno de uma causa comum: a libertação dos escravos.
Os ex-escravos após a abolição A abolição da escravidão foi importante porque trouxe igualdade perante a lei para todos os brasileiros, independente da origem étnica de cada um. Porém, ela não foi suficiente para igualar, na prática, os ex-escravos e seus descendentes aos demais cidadãos brasileiros.
Muitos ex-escravos continuaram trabalhando para os fazendeiros em troca de salários muito baixos, enquanto outros buscaram melhores condições de vida nas cidades. Porém, como ex-escravos não tinham acesso à educação, nem à moradia ou emprego, eles passaram a viver em condições precárias.
Contudo, foi por meio da formação de redes de solidariedade que os ex-escravos puderam sobreviver e resgatar a dignidade. Nessas redes, eles se ajudavam mutuamente arrecadando dinheiro para comprar vestimentas e alimentos, além de trabalharem juntos na construção de suas moradias.
Fonte: Vontade de Saber História, FTD, 2009.
Apesar da Lei Áurea e das diversas redes de solidariedade, a herança da escravidão permanece na sociedade brasileira atual através da discriminação racial, social e econômica contra os afrodescendentes.
Após ler e refletir sobre a importância da Lei Áurea e das redes de solidariedade formadas pelos ex-escravos escreva a sua opinião sobre a abolição da escravidão no Brasil?